De acordo com a Organização Mundial da Saúde, "a sexualidade humana forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. A sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo. Sexualidade é muito mais do que isso. É energia que motiva encontrar o amor, contato e intimidade, e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e integrações, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deve ser considerada como direito humano básico. A saúde sexual é a integração dos aspectos sociais, somáticos, intelectuais e emocionais de maneira tal que influenciem positivamente a personalidade, a capacidade de comunicação com outras pessoas e o amor".

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Angústia de fim de ano.

Mais um ano chegando ao fim nessa correria da vida contemporânea. As ruas estão cheias, os shoppings lotados, as pessoas fazendo compras e mais compras pra celebrar o Natal, programando comemorações de reveillon. Uma época que evoca fechamentos, balanço do ano, despedidas, perspectivas futuras. Apesar de tantas celebrações não é incomum encontrar um grupo de pessoas se sentindo extremamente angustiadas, torcendo para que tudo isso acabe e o outro ano se inicie. É a famosa angústia de fim de ano.
Estranheza para alguns, familiaridade para outros, essa angústia é explicável. Ao longo no ano executamos muitas tarefas, e tentamos traçar esse planejamento, na verdade, no início do ano – mesmo que depois não os executemos parcialmente ou integralmente. Ou seja, traçamos o que desejamos para nossa vida: emagrecer, arrumar um emprego melhor, cuidar mais da saúde, gastar menos, parar de fumar, etc, etc, etc. Mas não nos damos conta que esses planejamentos não deveriam ser feitos com essa intensidade no fim do ano para o ano seguinte, onde estamos cansados de uma jornada árdua de praticamente 12 meses correndo contra o tempo.
Devemos traçar nossos planos gradativamente, vivendo um dia de cada vez, permitindo-nos ser mais conscientes e reflexivos sobre nossas escolhas do momento. Porque o que aspiro hoje como o melhor pra mim, pode amanhã não ser mais cabível à minha realidade, e no final das contas, ficamos com uma sensação de fracasso por supostamente não ter dado conta do que planejamos lá atrás como o melhor a ser feito. Somos seres dinâmicos, que construímos vivências sempre! Precisamos nos permitir a refazer escolhas, a abrir mão do planejado para checarmos se ainda é aplicável à nossa atualidade. Deixamos para o fim do ano a construção de nossas principais metas. Não deveríamos apenas neste momento checar nosso saldo emocional. Elegemos uma data para identificarmos nossas fendas, mas elas devem ser reconhecidas e compreendidas mais vezes durante o ano.
Nesse momento, próximo ao Natal, as relações familiares ficam destacadas. Parece que temos a necessidade de perceber quem somos e qual o lugar que temos em nosso seio familiar. Nenhuma família é perfeita – primeiro passo é reconhecermos isso. E não é porque vem chegando o Natal que desavenças familiares sumirão. Então, aproveitemos essa época não pra passar por cima dos desgastes familiares, mas para repensar com parcimônia sobre nossa conduta para mudarmos de atitude. Sempre é tempo, não só no natal.
Fragmente o seu ano com reflexões pausadas acerca de si mesmo. Não se exija demais. Não espere não ter expectativas...elas são inevitávies, mas dedique-se a aprender como administrá-las. Não é o fim do ano, é você mesmo. Talvez você precise arrumar um espaço dentro das suas gavetas internas, priorizando se conhecer melhor.

Feliz Natal a todos e bom fim de ano!

Um comentário:

disse...

Excelente texto! Muito bem escrito!
De fato, é preciso organizar as gavetas internas... e que esse auto-cuidado seja o ano todo... a todo momento!
Parabéns, amiga! Continue postando!