De acordo com a Organização Mundial da Saúde, "a sexualidade humana forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. A sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo. Sexualidade é muito mais do que isso. É energia que motiva encontrar o amor, contato e intimidade, e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e integrações, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deve ser considerada como direito humano básico. A saúde sexual é a integração dos aspectos sociais, somáticos, intelectuais e emocionais de maneira tal que influenciem positivamente a personalidade, a capacidade de comunicação com outras pessoas e o amor".

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Metade dos brasileiros tem algum grau de dificuldade de ereção, revela pesquisa.


Tatiana ProninEditora do UOL Ciência e Saúde

Cerca de 50% dos brasileiros têm alguma dificuldade em manter a ereção durante o sexo. É o que revela a pesquisa Mosaico Brasil, conduzida pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.O estudo, que teve apoio da Pfizer (fabricante do Viagra), contou com 8.237 pessoas de ambos os sexos, com mais de 18 anos e residentes em 10 capitais brasileiras. A grande maioria (70%) dos homens entrevistados tinha até 40 anos.
Os paulistanos temem decepcionar a parceira na cama, 60,9% têm preocupação freqüente com o próprio desempenho sexual e apenas 38,5% são confiantes. Mais da metade, 55,3%, apresenta algum grau de dificuldade de ereção. Esses dados estão na pesquisa Mosaico Brasil, conduzida pelo Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. A pesquisa revelou ainda que, entre dez capitais brasileiras, o paulistano é o menos satisfeito em relação a sexo. Leia mais
PAULISTANO É O MAIS INFELIZOutro destaque da pesquisa é que, apesar de 70% dos brasileiros se auto-avaliarem como bons ou excelentes na cama, a preocupação com o desempenho é grande: 65,3% dos homens e 57,5% das mulheres temem decepcionar o parceiro."O medo de não satisfazer o outro chega a ser maior do que o receio de contrair uma doença sexualmente transmissível ou de gerar uma gravidez indesejada", comenta a psiquiatra. Ela ressalta que apenas 32% dos entrevistados afirmaram usar a camisinha corretamente. Isso significa adotar a proteção em todas as relações sexuais, exceto quando o parceiro é exclusivo. "A pessoa pode ter relações com apenas um parceiro, mas, se não tiver certeza de que o parceiro tem relações apenas com ela, o preservativo deve ser usado", reforça. Abdo também avalia que houve um avanço importante no país em relação ao diálogo sobre sexo dentro de casa. A pesquisa mostra que 60% dos brasileiros tocam no assunto em família. Há cerca de dez anos, esse índice não chegava a 40%, segundo ela. Veja outros resultados da pesquisa Mosaico Brasil:- 45% dos brasileiros estão realizados tanto na vida sexual como na afetiva;- os homens afirmam ter, em média, três relações sexuais por semana, enquanto as mulheres responderam ter apenas duas;- se dependesse só da vontade deles ou delas, a freqüência dobraria: seis vezes por semana para os homens e quatro para as mulheres;- homens e mulheres afirmam ter, em média, duas relações sexuais por encontro;- 61,6% dos homens e 51,4% das mulheres distinguem vida afetiva de vida sexual;- cerca de 76% das mulheres têm orgasmo freqüentemente (entre as gaúchas, a média é de 83,6%)- para a mulher paulista, o sexo é o segundo fator mais importante para a qualidade de vida; já para os homens, o sexo aparece em quarto lugar.

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